TANTA TINTA
Ah! Menina tonta.
Toda suja de tinta
mal o sol desponta!
(sentou-se na ponte,
muito desatenta...
e agora se espanta:
quem é que a ponte pinta
com tanta tinta?...)
A ponte aponta
e se desaponta.
A tontinha tenta
limpar a tinta,
ponto por ponto
e pinta por pinta...
Ah! A menina tonta!
Não viu a tinta na ponte.
Cecília Meireles.
(Ou Isto ou Aquilo – Editora Nova Fronteira – Rio de
Janeiro, 1990)
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ResponderExcluirGosto muito das poesias da Cecília Meireles, ela me faz lembrar meus tempos de criança.
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