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sexta-feira, 19 de julho de 2013

AS FORÇAS TERAPÊUTICAS DOS QUADROS DAS MADONAS - Rudolf Steiner (resenha de livro)







AS FORÇAS TERAPÊUTICAS DOS QUADROS  DAS MADONAS
Rudolf Steiner
Editora João de Barro


Rudolf Steiner, selecionou em torno de 1911, quinze quadros e apresentou ao Dr. Felix Peipers para que que fossem utilizados pelos pacientes de sua clínica em Munique, particularmente indicados para os casos de doenças anímicas. 
Estes quadros, sobretudo as imagens de Rafael Sanzio, possuem uma poderosa força terapêutica, as quais Steiner indicava principalmente para crianças que necessitavam de necessidades especiais.
A repetida contemplação meditativa destas imagens antes de adormecer favorece o processo de revitalização auxiliando a que o corpo etérico se eleve.
Existe uma ordem na apresentação das imagens que é de extrema importância para se atingir o efeito terapêutico almejado:

01 - MADONA SIXTINA - Rafael Sanzio
02 - BELA JARDINEIRA - Rafael Sanzio
03 - MADONA ALBA - Rafael Sanzio
04 - MADONA ALBA (detalhe) - Rafael Sanzio
05 - MADONA DI CASA PAZZI - Donatello
06 - MADONA COM O PÁSSARO (detalhe) - Rafael Sanzio
07 - MADONA BRIDGEWATER - Rafael Sanzio
08 - MADONA SIXTINA (detalhe) - Rafael Sanzio
09 - MADONA TEMPI - Rafael Sanzio
10 - TRANSFIGURAÇÃO NO MONTE TABOR (detalhe) - Rafael Sanzio
11 - MADONA GRANDUCCA - Rafael Sanzio
12 - MADONA COM PEIXE - Rafael Sanzio
13 - MADONA BRÜGGE - Michelangelo Buonarroti
14 - MADONA COM O PÁSSARO - Rafael Sanzio
15 - TRANSFIGURAÇÃO NO MONTE TABOR (detalhe) - Rafael Sanzio


MAUS - Art Spiegelman (resenha de livro)







MAUS - A HISTÓRIA DE UM SOBREVIVENTE
Maus - A Survivo's Tale
Art Spiegelman
tradução - Ana Maria de Souza Bierrenbach
História em Quadrinhos
Editora Brasiliense.
São Paulo, 1994
160 páginas


MAUS II -  A HISTÓRIA DE UM SOBREVIVENTE. E FOI AÍ QUE COMEÇARAM MEUS PROBLEMAS
Maus- A Survivo's Tale. And here my troubles began.
Art Spiegelman
tradução - Ana Maria de Souza Bierrenbach
História em Quadrinhos
Editora Brasiliense
São Paulo, 1995


O cartunista Art Spiegelman escreveu a história de um judeu que sobreviveu aos campos de concentração na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, esse é um trabalho que demorou muitos anos (1980 - 1992) para ser concluído e que, merecidamente, deu  muita notoriedade ao seu criador; pela obra Spiegelman recebeu o Prêmio Yellow Kid, Prêmio Especial Playboy em 1982 e o Pulitzer, em 1992.
Trata-se mais do que uma história em quadrinhos, aqui os judeus são retratados como ratos e os gatos são nazistas, se confrontando em uma monstruosa ratoeira que se transformou a Alemanha daquela época. Atrás das cercas de arame farpado de Auschewitz, a história de um sobrevivente, Vladek Spiegelman (pai do autor) é narrada até a atualidade trazendo detalhes de documentário e de grande vigor novelístico, apresentando de maneira comovente e inusitada a biografia de seus pais e da terrível história em que viveram milhares de judeus nos campos de concentração. Um trabalho impressionante que traz um marco significativo na vanguarda dos cartuns, embora represente mais do que isso, na verdade, MAUS (que em alemão quer dizer judeus) é uma biografia que seria impossível de ser descrita e de ser executada a não ser dessa forma.



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O PASTOR BRINCALHÃO - Fábula de Esopo

Um pastor que levou suas ovelhas para pastar em uma aldeia distante gostava de fazer a seguinte brincadeira: gritava "os lobos estão atacando!" E clamava pelo socorro dos habitantes locais. Duas, três vezes os moradores ficaram com medo e fugiram da cidade, para depois voltarem rindo com a troça em que haviam caído. Mas aconteceu de que uma vez os lobos atacaram de verdade. Como estavam devorando os carneiros, novamente o pastor gritou por socorro. Os moradores pensaram que fosse mais uma brincadeira e não lhe deram nenhuma atenção. Foi assim que o pastor perdeu seu rebanho.



segunda-feira, 15 de julho de 2013

CORALINE - resenha de filme









CORALINE
Coraline e o Mundo Secreto
animação
direção - Henry Selick
EUA/2009
duração - 01h:40m
elenco - Dakota Fanning, Teri Hatcher, Jennifer Saunders, John Hodman, Keith David



Baseado na graphic novel do escritor britânico Neil Gaiman, este filme de animação que, certamente, não é voltado para o público infantil, retrata a possibilidade que sonhamos de que todos os nossos desejos possam ser atendidos, onde tudo é possível,  fugindo da realidade que somos obrigados a suportar com suas frustrações e contrariedades. 
Uma menina (Coraline) muda-se com seus pais para uma casa nova, seus pais estão sempre ocupados com o trabalho e por isso não lhe dão muita atenção. A menina entediada, sente-se isolada e após explorar todos os cantos da casa encontra uma porta trancada (passagem) no canto da sala de visitas, curiosa, sente-se impulsionada em abrir a porta e explorar o que se encontra além e acaba descobrindo um lugar incrível, um mundo novo e fantástico, muito semelhante ao seu, mas onde ela pode ter seus sonhos realizados, embora, ao mesmo tempo, esse lugar mostra-se também bastante assustador e ameaçador, com o risco de que talvez ela não volte jamais.
Esse outro mundo que se revela é habitado por sua Outra Mãe e seu Outro Pai, que são uma réplica muito parecida de seus pais de fato, no entanto, diferente dos seus pais verdadeiros, estes lhe dão atenção e fazem as suas vontades, tudo é semelhante à realidade, exceto pela presença de botões no lugar de olhos. 
Esses Outros Pais parecem de início mais interessantes, pois são mais divertidos e atenciosos que seus pais verdadeiros. No final do dia, Coraline tem que voltar para sua casa (realidade) e novamente ela atravessa a porta, no entanto, sua Outra Mãe lhe oferece a chance de ficar para sempre com ela nesse novo mundo do qual a menina parece se encantar, mas com uma única condição: que Coraline costurasse no lugar de seus olhos, botões, assim como seus Outros Pais. Coraline decide que prefere ir para sua verdadeira casa e isso desaponta sua Outra Mãe, que não aceita facilmente a decisão da menina, tentando impedi-la.
Quando volta para seu apartamento no mundo real, Coraline descobre que seus pais sumiram. Ao ver que seus pais não voltam no dia seguinte, Coraline, descobre que foram sequestrados pela Outra Mãe e resolve voltar ao outro mundo para resgatá-los. 
Ao retornar ao outro mundo, Coraline se depara de novo com a Outra Mãe a quem recusa dar amor e a aceitar seus presentes, como fazia anteriormente, exigindo que seus verdadeiros pais fossem devolvidos e voltar novamente à sua vida anterior. Furiosa com essas atitudes, a Outra Mãe prende Coraline num armário atrás do espelho como punição.
Entre o mundo real e esse universo paralelo em que passa a viver; Coraline precisa agora resgatar seus pais verdadeiros e enfrentar a ira da Outra Mãe que não aceita ser deixada de lado. 
Outro personagem muito interessante presente na história é um gato preto que a acompanha em suas aventuras e lhe auxilia em seus embates com a terrível Mãe, agindo assim como uma espécie de voz da consciência que lhe acompanha e lhe faz sugestões.



quarta-feira, 10 de julho de 2013

A VIDA PRIVADA DO CAMARADA MAO - Dr. Li Zhisui (resenha de livro)







A VIDA PRIVADA DO CAMARADA MAO
(Memórias do médico particular de Mao Zedong)
The private life of chairman Mao
Dr. Li Zhisui
biografia/memórias
versão do chinês para inglês - Prof. Tai Hung-chao
tradução - Gabriel Zide Neto
Ed. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro/1997
821 páginas

"Nenhum outro líder na História teve tanto poder sobre tantas pessoas e por tanto tempo quanto Mao Zedong e nenhum infligiu tamanha catástrofe ao seu país.Sua sede de controle e seu medo de traição deixavam a corte e o país em constante pandemônio. Sua inspiração e suas manobras levaram a China ao Grande Salto para a Frente, com todas suas terríveis conseqüências como a Grande Fome e a Revolução Cultural, com dezenas de milhões de mortos. Por outro lado, nenhum ditador foi observado tão de perto como Mao nessas memórias do homem que foi seu médico particular durante 22 anos."
Andrew J. Nathan.


Dr. Lui Zhisui foi durante 22 anos (1954 - 1976), o médico particular de Mao Zedong, o líder da República Popular da China, que fundou o Partido Comunista Chinês em 1921 e comandou o país durante 41 anos (1935 - 1976). Para milhões de chineses Mao era divinizado, comandou com "mão de ferro" o país em desastrosas campanhas sendo o responsável pela morte de mais pessoas do que Hitler e Stálin juntos. Em um país pobre, atrasado e vulnerável Mao tentou criar um "socialismo à moda chinesa", tentando com isso ultrapassar o modelo russo de comunismo. Sentindo a hostilidade do Ocidente e aproximou-se de Moscou, embora despreza-se seus aliados russos, aspirava levar a China ao nível do mundo social desenvolvido, sendo então aclamado no panteão do marxismo-leninismo, através do Grande Salto para a Frente e da Revolução Cultural objetivava tirar a China, um país gigantesco, com dimensões continentais e com uma população pobre e imensa, de sua inércia sócio-político-cultural.
Esse tirano impôs à população chinesa um congelamento no padrão de vida das pessoas a um nível de subsistência extrema, construindo uma enorme e perdulária estrutura industrial que ignorava a realidade, fomentava a burocracia perversa que governava a economia, a política, a ideologia, a cultura e a vida privada dos chineses. 
Centralizador, fantasioso e com um poder absoluto sobre milhões de pessoas, Mao é aqui retratado em seu aspecto mais humano por aquele que conviveu muito proximamente ao líder chinês e acompanhou sua ascensão até o seu declínio com sua morte em 08 de setembro de 1976. Assim como muitos seguidores o médico inicialmente o reverencia, mas acaba desprezando-o quando se confronta com  a face cruel, egoísta e devassa (com mais de 3.000 concubinas),  percebendo a indiferença que o Grande Timoneiro (como também Mao-Tsé-Tung era conhecido), tinha pela vida humana.
Mais do que seu médico particular Dr. Li era também seu confidente político e pessoal, muito próximo do líder chinês, pois era presença constante em suas viagens e via-o diariamente durante mais de vinte anos, podendo desfrutar de sua intimidade, observando todas as conspirações, manobras e jogos do poder durante esse período, o que torna esse livro uma verdadeira lição de história, através de um observador que   pode usufruir de um lugar privilegiado. 
Talvez a grande façanha desse livro seja a simplicidade com que o autor vai revelando a vida de seu biografado, mostrando os bastidores e as intrincadas relações de poder que se formavam nos meandros da Cidade Proibida, contrariando a imagem de austeridade e robustez moral que a propaganda oficial cuidadosamente criou em torno do comunismo chinês e de seus dirigentes. 
Após ter deixado a China, o autor (que faleceu em 1988 nos Estados Unidos para onde emigrou com sua mulher e a neta), teve o seu nome apagado da história oficial chinesa; nos inúmeros livros sobre a vida pessoal de Mao, publicados pelas editoras chinesas, pouquíssimos mencionam seu nome. Em 1981 após cinco anos de sua morte o Partido Comunista Chinês divulga um veredicto oficial sobre a vida do grande líder: "Resolução sobre certas questões na  história de nosso Partido desde a fundação da República Popular da China", onde Mao-Tsé-Tung é retratado como um grande líder revolucionário, cujas contribuições positivas superaram as conseqüências negativas de seus atos. Essa biografia revela, no entanto, situações e fatos muito diferentes dessa versão.



segunda-feira, 8 de julho de 2013

A PELE QUE HABITO - resenha de filme











PELE QUE HABITO
La piel que habito
direção - Pedro Almodóvar
Espanha/2011
suspense/drama
01h/57m
elenco - Antônio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet, Bianca Suárez, Eduard Fernandez.

Robert Ledgard (Antonio Banderas) é um conceituado cirurgião plástico, que vive com a filha Norma (Bianca Suárez), ela possui problemas psicológicos causados pela morte da mãe adúltera, que teve o corpo inteiramente queimado após um acidente de carro, quando fugia com seu amante, seu pai obstinadamente tenta recuperar sua deformação, obcecado com a ideia de curá-la por meio de suas práticas científicas,  mas sua esposa ao ver sua imagem refletida no vidro, se suicida atirando-se da janela de seu quarto na frente da filha. O médico de Norma, após seis anos de tratamento, acredita que esteja na hora dela tentar a ressocialização com outras pessoas e, com isso, incentiva que Roberto a leve para sair. Pai e filha vão juntos a um casamento, onde ela conhece Vicente (Jan Cornet). Eles vão até o jardim da mansão, onde Vicente (Jan Cornet) a estupra. A situação gera um grande trauma em Norma, que passa a acreditar que seu pai a violentou, já que foi ele quem a encontrou desacordada. O desfecho infeliz acaba gerando outra perda, agora com o suicídio da filha.
Robert vive o luto da esposa que ainda amava e a morte da filha, ambas se suicidaram por motivações diferentes. A partir de então Roberto elabora um plano para ir atrás do estuprador dedicando-se a uma vingança.
Almodóvar, rompe deliberadamente com expectativas de gêneros ao explorar o tema da construção sociocultural dos papéis masculino e feminino por meio da situação-limite da transexualidade forçada, que se origina de uma trama de vingança elaborada com requintes de crueldade e frieza.
A cena em que Vicente é informado que irá se chamar Vera e que agora é portador de um novo corpo é particularmente impactante, em uma alusão ao criador e a criatura transformada, Robert/Frankstein tem que elaborar o seu fascínio/desejo por sua criação: Vicente/Vera, gerando conflitos e arrebatamentos que o diretor soube apresentar com delicadeza, ambivalência e emoção na construção das cenas.

domingo, 7 de julho de 2013

PEQUENA MISS SUNSHINE - resenha de filme




PEQUENA MISS SUNSHINE
Little Miss Sunshine
Eua/206
direção - Jonathan Dayton e Valerie Faris
elenco - Greg Kinnear, Toni Collette, Abigail Breslin, Steve Carell, Alan Arkin e Paul Dano. 




Todas as famílias tem suas dificuldades, mas a família Hoover parece extrapolar. O pai, Richard (Greg Kinnear), desenvolveu um método de auto-ajuda para quem quer ser vencedor, mas que não parece se aplicar em suas próprias escolhas, pois sua vida é um fracasso, mas acredita nisso e o utiliza em seu dia-a-dia, em todas as situações imagináveis; o filho mais velho Dwayne (Paul Dano), é um jovem revoltado, que vive isolado em seu quarto, planeja ser piloto de avião da Força Aérea Americana,  fazendo voto de silêncio até conseguir esse intento; o cunhado Frank (Steve Carell) é um professor especialista em Proust, homossexual, tentou o suicídio e vai para a casa da irmã para se recuperar e o avô (Alan Arkin) foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Toni Collette faz o papel da mãe que é uma fumante compulsiva que preconiza a honestidade, mas ao mesmo tempo, não admite que fuma. Todos vivem juntos, parece que nada funciona para o clã, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas pré-adolescentes e conquistar o sonhado título de Miss Sunshine. É o momento da família deixar de lado suas diferenças e atravessar o país entre a Califórnia e o Novo México em uma velha Kombi enferrujada e com muitos problemas mecânicos. Durante três dias de viajem até chegarem ao concurso, muitas situações acontecem, ora trágicas, ora divertidas, é interessante observar a ideia de que em determinadas situações o que realmente importa e adquire um significado verdadeiro é a participação do outro, nesse aspecto e, especificamente, dentro desse contexto familiar, propositalmente caótico, as diferenças ficam à parte, por mais contraditório e antagônicos que se comportem os membros da família, todos se unem no sonho da menina e embarcam nessa aventura.
O filme foi indicado a quatro Oscars e recebeu duas estatuetas: como melhor roteiro original e como melhor ator coadjuvante para Alan Arkin no papel do avô que ensina a coreografia à neta na apresentação para o concurso de Miss, um dos pontos divertidos do filme. 

MEDIANERAS - resenha de filme




MEDIANERAS 
(Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual )
Argentina/Espanha
2011
direção - Gustavo Taretto

O filme mostra a solidão dos dois personagens: Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala), que vivem em Buenos Aires, cercados de desconhecidos, tentando, cada um do seu modo, se libertarem da "solidão urbana" tão comum nas grandes cidades e narrada através das angústias dos dois personagens.
Martin é um web designer que se isola em seu mundo virtual, vive recluso em seu apartamento tentando vencer sua fobia social. Mariana, após o término de um longo relacionamento, tenta reorganizar seu espaço e sua vida. Ambos vivem no mesmo quarteirão em uma rua movimentada e embora seus caminhos se cruzem não conseguiram ainda se encontrar, a ideia de que uma cidade grande pode aproximar e distanciar as pessoas é aqui muito bem explorada, a solidão no meio da multidão que é experimentada por quem vive nos grandes centros urbanos, não necessariamente dramática, mas, infelizmente e inexoravelmente real, o que Edward Hopper também soube retratar em seus quadros (vide abaixo).
Medianeras são as paredes laterais dos edifícios, conhecidas também como paredes "cegas", pois devido à proximidade com os prédios vizinhos não se pode abrir janelas, portanto não existem aberturas; são muito utilizadas para anúncios publicitários. Na Argentina e em outras cidades, a construção de paredes sem janelas é proibida por lei, mesmo assim muitos prédios optam por essa prática. As paredes sem janelas também impedem que o mundo externo possa entrar dentro do mundo interno, essa é a alusão que o filme, de certa forma traz, questionando isso ao mostrar os desencontros dos personagens. As "janelas internas" também precisam ser abertas permitindo que o externo permeie e interfira no que está contido dentro de nós, possibilitando com isso, uma troca, um encontro, uma relação, enfim ocasionar a mudança e movimentar o que está parado, o que, certamente irá gerar mudança, que nem sempre é fácil, pois nos habituamos a viver com  nossas "janelas fechadas", nossos sintomas; talvez seja mais fácil (embora não menos sofrido), ficar só.
Estreou no Brasil em setembro de 2011 e foi vencedor do Festival de Cinema de Gramado recebendo as estatuetas como melhor filme estrangeiro e de melhor diretor para Gustavo Taretto. 




Edward Hopper - Hotel Room / 1931 - óleo sobre tela 60 X 65 (Coleção Thyssen - Bornemisza)