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segunda-feira, 8 de julho de 2013

A PELE QUE HABITO - resenha de filme











PELE QUE HABITO
La piel que habito
direção - Pedro Almodóvar
Espanha/2011
suspense/drama
01h/57m
elenco - Antônio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet, Bianca Suárez, Eduard Fernandez.

Robert Ledgard (Antonio Banderas) é um conceituado cirurgião plástico, que vive com a filha Norma (Bianca Suárez), ela possui problemas psicológicos causados pela morte da mãe adúltera, que teve o corpo inteiramente queimado após um acidente de carro, quando fugia com seu amante, seu pai obstinadamente tenta recuperar sua deformação, obcecado com a ideia de curá-la por meio de suas práticas científicas,  mas sua esposa ao ver sua imagem refletida no vidro, se suicida atirando-se da janela de seu quarto na frente da filha. O médico de Norma, após seis anos de tratamento, acredita que esteja na hora dela tentar a ressocialização com outras pessoas e, com isso, incentiva que Roberto a leve para sair. Pai e filha vão juntos a um casamento, onde ela conhece Vicente (Jan Cornet). Eles vão até o jardim da mansão, onde Vicente (Jan Cornet) a estupra. A situação gera um grande trauma em Norma, que passa a acreditar que seu pai a violentou, já que foi ele quem a encontrou desacordada. O desfecho infeliz acaba gerando outra perda, agora com o suicídio da filha.
Robert vive o luto da esposa que ainda amava e a morte da filha, ambas se suicidaram por motivações diferentes. A partir de então Roberto elabora um plano para ir atrás do estuprador dedicando-se a uma vingança.
Almodóvar, rompe deliberadamente com expectativas de gêneros ao explorar o tema da construção sociocultural dos papéis masculino e feminino por meio da situação-limite da transexualidade forçada, que se origina de uma trama de vingança elaborada com requintes de crueldade e frieza.
A cena em que Vicente é informado que irá se chamar Vera e que agora é portador de um novo corpo é particularmente impactante, em uma alusão ao criador e a criatura transformada, Robert/Frankstein tem que elaborar o seu fascínio/desejo por sua criação: Vicente/Vera, gerando conflitos e arrebatamentos que o diretor soube apresentar com delicadeza, ambivalência e emoção na construção das cenas.

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Dr José Carlos Machado
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