"Era uma vez uma menina chamada Hui-Gu. Foi criada por sua mãe pois seu pai faleceu assim que ela nasceu. era uma menina muito bonita e aplicada e não se acanhava com o trabalho. Suas mãos estavam sempre trabalhando e não dispensava serviço, tudo ao seu redor estava sempre limpo e arrumado. Por serem muito pobres, Hui-Gu ia todos os dias para as montanhas catar gravetos para vendê-los no mercado para serem usados para queimar e com isto ela garantia o seu prato de arroz de cada dia. por suas mãos serem muito habilidosas e seus pés muito ligeiros, ela conseguia recolher muitos gravetos e assim ela e a mãe tinham o suficiente para viver.
Certo dia ela subiu mais uma vez à montanha. Quando ela mal havia alcançado a borda da floresta; de repente uma chuva pesada lhe alcançou. A menina procurou um abrigo debaixo de uma grande árvore. As folhas das árvore conseguiram durante algum tempo reter a chuva, mas depois de algum tempo a menina começou a sentir a chuva cair em seu pescoço e braços, no seu vestido fino e o seu corpo ficou molhado e frio.
Ela correu mais para dentro da floresta e lá encontrou uma casinha no meio do bosque, a porta estava meio aberta. Animada por encontrar um abrigo ela correu até lá e entrou na casinha. Dentro havia, mesa, cadeiras e uma cama. No armário havia provisões guardadas, mas não havia mais ninguém dentro da casa. Hui-Gu tinha muita fome e queria muito comer alguma coisa, mas então pensou "Eu vim à uma casa desconhecida, fugindo da chuva que me deixou toda molhada e com frio, tenho muita fome, mas como posso pegar alguma coisa que não me pertence?" Ela olhou em volta, mas não tocou em nada. Percebeu que o chão estava sujo e que a mesa e cadeiras estavam cobertas de pó. Rapidamente procurou uma vassoura e limpou todo o chão, as cadeiras e a mesa também em um instante também ficaram limpas.
Ao terminar todo o serviço, sentou-se em um cantinho da sala e viu entrar pela porta um velhinho. Ele tinha o tamanho de dois pés e uma longa e desordenada barba que se arrastava pelo chão quando o velhinho caminhava. Assim que ele reparou que a casa estava toda limpa e arrumada, ficou muito alegre e perguntou à menina:
- Foi você que deixou a minha casa assim tão bonita?
- Sim senhorzinho. Ela respondeu levantando-se apressada de onde estava sentada, arrumando ovestido ainda molhado de chuva.
- E como você chegou até aqui?
- Eu fugi da chuva e procurei por um abrigo, assim cheguei até aqui para me proteger e encontrando a porta aberta entrei; senhorzinho deixe que eu fique aqui até a chuva passar.
- Você é muito educada e fez um belo serviço na minha casa, deixando tudo limpo e arrumado, pode ficar à vontade, é com prazer que recebo você aqui, pode ficar até a chuva passar, mas agora é preciso que você se aqueça e coma alguma coisa.
Então trouxe toalhas para que se enxugasse e um cobertor bem quentinho para aquecê-la. Depois preparou uma refeição que a menina comeu com muito gosto. Jamais havia experimentado algo tão saboroso, muito cansada dormiu até a manhã seguinte. Quando acordou o velhinho havia lhe preparado um saboroso café da manhã que a menina comeu com muito apetite e prazer. Enquanto comia reparou que a barba do velhinho havia crescido mais ainda e estava mais embaraçada que no dia anterior e lhe falou:
- Senhorzinho, sua barba cresceu demais e está cada vez mais embaraçada, posso penteá-la e cortar-lhe um pedacinho?
O velhinho concordou com satisfação e a menina cuidadosamente começou a despentear a barba do velho, com uma tesourinha cortou as pontas da barba que ficou com uma aparência mais bonita e arrumada. Ela quiz jogar fora as sobras da barba, mas o velho lhe disse:
- Isto é algo precioso, não jogue fora e sim guarde com cuidado.
Hui-Gu não entendeu o motivo, mas o velhinho havia sido tão gentil e estava cuidando tão bem dela que não se incomodou em atender ao seu pedido e guardou em um paninho o que havia sobrado da barba aparada.
A chuva já havia passado e ela se despediu do velho agradecendo a acolhida que havia recebido. Antes de sair pela porta o velhinho lhe disse:
- Você está voltando para sua casa, sou muito pobre e não tenho nada para lhe oferecer como agradecimento pelo seu trabalho, mas leve esse resto de barba com você, verá que poderá ser útil para você e sua mãe.
A menina pensou: "Para que me servirá algo assim?" Mas como era muito educada, agradeceu e tomou o caminho de casa, levando a barba que recebera de presente.
Ao chegar em casa contou toda a história para sua mãe, ela então pediu para ver a barba do velho. Assim que ela abriu o paninho viu um fio muito branco e brilhante e que parecia que não tinha fim, resolveu experimentá-lo fiando-o na roca e um fio de seda surgiu, tão fino como um fio de cabelo, mas ainda resistente e
Ao vender o fio no mercado, comparando-o com os outros fios lá existentes, todos constataram que este era muito melhor e fizeram questão de comprá-lo e a mãe voltou à casa para fiar mais um pouco e continuou fiando e fiando e como o fio não acabava nunca então Hui-Gu e sua mãe viveram da fiação deste fio e tiveram uma vida boa e feliz".
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Médico na Escola
Dr José Carlos Machado
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