ALIMENTAÇÃO COMO ATO EDUCATIVO
ALIMENTAÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS:
Os povos antigos tinham
uma relação natural com o ambiente, com a natureza que os
rodeava, com as plantas e com os animais. Existia uma harmonia entre o homem e
a natureza. Nos dois últimos séculos, o homem foi perdendo cada vez mais seus
instintos naturais, criando-se assim uma insegurança quanto à alimentação e a
cura. Para substituir a percepção natural, surgiu então a pesquisa científica
que, no decorrer do tempo, foi aprimorando-se cada vez mais.
Chegou-se então ao
conhecimento das proteínas, gorduras, hidratos de carbono, minerais, vitaminas
e inclusive seus valores nutritivos.
Lavoisier, Claude Bernard
e outros introduziram a fisiologia alimentar segundo a qual todas as
substâncias alimentares são encaradas do ponto de vista físico e químico,
analisando os minerais encontrados no sangue, chegou-se à conclusão que estes
eram necessários nos alimentos consumidos e, portanto no processo de adubação
do solo deveriam ser incorporados, surgindo assim dessa maneira à adubação
química das plantas nutritivas com a adição de fertilizantes solúveis;
nitrogênio, fósforo e potássio (N-P-K), são substâncias que as plantas começam
a receber de uma maneira artificial em escala cada vez maior, comprometendo sua
vitalidade (por exemplo, os resíduos do nitrogênio – nitratos – que
transformados em nitrosaminas, estes terrivelmente tóxicos e cancerígenos).
Mas justamente com esse
avanço, com a adubação artificial, os solos se empobrecem cada vez mais no que
se refere às substâncias orgânicas (húmus) e as plantas enfraqueciam,
tornando-as menos resistentes às pragas, sendo necessário mais uma vez à
intervenção do homem, com a aplicação de pesticidas em escala cada vez maior e o
mecanismo todo então se repete.
Plantas desnaturadas,
alimentos transgênicos, produtos criados artificialmente (hidroponia),
conservantes, acidulantes, riboflavorizantes, aromatizantes, excipientes,
espessantes, enfim, toda uma grande contribuição científica na preparação e na
conservação dos alimentos consumidos pelo homem moderno devem nos vir à mente
quando refletimos sobre aquilo com que nos alimentamos hoje.
Feurbach já dizia no
século XIX – O Homem é o resultado daquilo que come. Ao observarmos aquilo
com que nos alimentamos atualmente, surge a pergunta: - Afinal qual é a
situação com a qual nos defrontamos hoje frente à questão alimentar?
- A grande desnutrição
protéico-calórica nos países atrasados e pobres
- A hipernutrição,
principalmente protéica, nos países mais ricos, ditos civilizados, com uma
oferta exagerada de alimentos.
- A desnaturação através
da conservação dos alimentos provenientes de todos os países do mundo e de
todas as estações do ano ao mesmo tempo.
- Alta toxicidade desses
alimentos “fabricados” devido à adição de substâncias químicas (corantes,
conservantes, etc), muitas delas comprovadamente tóxicas.
- Baixa qualidade
alimentar, a qualidade é substituída pela quantidade através da adubação
química visando a um maior lucro e a ilusão de acabar com a fome de grandes
massas populacionais.
- Aumento cada vez maior
das moléstias metabólicas, contribuindo com isso a falta de movimento do homem
e o grande descuido desse para com a natureza e conseqüentemente dos alimentos
provenientes dela.
- Exagerado culto à forma
física perfeita, um corpo físico delineado através de procedimentos ligados
exclusivamente à insuflação de fora para dentro (anabolizantes, lipoaspirações
e próteses de silicone), fazendo o ser humano transformar-se em uma caricatura
de si mesmo.
- A refeição como um
ritual familiar, ou mesmo como algo sagrado cedeu sua vez, principalmente nos
grandes centros urbanos, para o fast-food e pela praticidade das comidas
congeladas que são consumidas pelas pessoas ou em pé, ou na frente dos
aparelhos de televisão e as novas gerações muitas vezes, nem possuem a
lembrança de uma refeição preparada, compartilhada pela família, todos sentados
em volta da mesa.
Algo muito importante foi
deixado para trás, algo foi perdido no desenvolvimento da humanidade e que
precisa ser urgentemente resgatado. Na Antigüidade, a refeição possuía um
significado todo especial. Não se tratava apenas de receber o alimento no
sentido físico, mas o alimento espiritual. O próprio pão que era feito quase
que exclusivamente de centeio, passou a ser substituído pelo trigo, este não
contém lisina que é um aminoácido essencial, o centeio possui um valor
nutritivo mais amplo e completo do que o trigo e este era utilizado em rituais e
em determinadas ocasiões, em outras palavras era a base para vivências
espirituais e não propriamente biológicas, para alimentar-se utilizavam de
outro cereal, o centeio, mais forte e mais robusto que o trigo que não nutre
integralmente o homem.
Os reis recebiam os
cavaleiros e viajantes que eram convidados para as refeições e quando aí se
reuniam, em torno das mesas (távolas), divulgavam as notícias de outros
lugares, contavam suas aventuras e suas façanhas, havia, portanto uma troca;
quando um rei de um lugar visitava outro reino, trocavam experiências,
inclusive receitas e era comum presentear os anfitriões com produtos e iguarias
típicos de sua região. As visitas acabavam somente quando a fome e a sede
estivessem devidamente saciadas e isso podia se prolongar por dias e dias. Na
Idade Média os banquetes eram a ocasião propícia para o relato dos grandes
feitos e das conquistas dos grandes cavaleiros e as pessoas ficavam tantos dias
para comer, aguardando a sua vez de falar, quantos fossem necessários para se
narrar todos os acontecimentos. Grandes decisões e importantes alianças eram,
ao redor da mesa, estabelecidas, casamentos eram decididos, assim como invasões
e alianças entre as nações. As trocas sociais aconteciam aí. Atualmente os
almoços e os jantares de negócio parecem que cumprem essa função, embora outros
elementos estejam aí incluídos (celulares, laptops, etc).
A refeição comum cria
relações entre as pessoas.
A palavra companheiro
contém este elemento com = comum, pan = pão. Comer em
companhia de alguém é mais agradável.
Na refeição há a união do
espiritual que vem do alimento com o anímico (que provém da alma) das pessoas,
formando uma aura toda especial. Talvez seja dessa idéia que nos referimos ao
dizer que “não engolimos bem” quando alguma situação não se apresenta
devidamente clara, em outras palavras, existem certas pessoas e situações que
são realmente “difíceis de engolir” como uma clara alusão à importância que
damos a tudo aquilo que entra em nós (assim como o alimento), mas que muitas
vezes não nos apropriamos dessa significação.
Certas regras sociais,
que até hoje são obedecidas, não são apenas mera questão de etiqueta, mas
obedecem às necessidades básicas do ser humano. Infelizmente, em muitas
atividades e ocasiões, estas regras não são tão valorizadas como deveriam ser,
como, por exemplo, prestar atenção se todos foram devidamente servidos, esperar
para comer até que todos estejam servidos, oferecer mais alimento quando alguém
termina, esperar para se servir até que o outro já o tenha feito, enfim, na
mesa devemos nos ligar uns aos outros, demonstrar profundo interesse e se
preocupar se as pessoas se satisfizeram com aquilo que lhes foi ofertado. Se e
quando isso acontece, se forma uma atmosfera livre e agradável e as pessoas à
mesa, sentem-se à vontade e podem digerir aquilo que comeram com maior prazer.E
isto é possível justamente porque quando comemos acolhemos vida em nós, que é
desprendida pela substância e nesses encontros acontece uma série de fatores
onde isso poderá acontecer, parece contraditório observar-se isso em uma praça
de alimentação de algum shopping center, ou quando engolimos rapidamente um
sanduíche em algum balcão de lanchonete, o sagrado não acontece, até porque o
próprio alimento ingerido é quase que completamente desprovido de vida. Se não
dispomos de tempo para fazer tranqüilamente uma refeição, é preferível que não
se faça; infinitamente mais saudável é comer com vagar, mastigando e apreciando
aquilo que se come, do que comer tudo às pressas, é preciso que se re-aprenda o
significado do que é refeição (ato de refazer as forças), ou
seja, adquirir novas forças espirituais, muito mais do que simplesmente comer.
Max Planck dizia: Vida
é Espírito e Angelus Silesius: O alimento que existe no pão não é o pão. É
a palavra eterna de DEUS, é Vida, é Espírito.
O HOMEM DEVE SER SENHOR
DO SEU CORPO FÍSICO SE QUIZER USÁ-LO COM SABEDORIA – Rudolf Steiner.
Se o homem quer tornar-se
senhor de seu organismo deve escolher, conscientemente sua alimentação. Quando
se compreende quais entidades se anunciam através deste ou daquele alimento,
conhece-se também que significado tem a alimentação. Em toda a natureza se
manifesta a trindade. Cada coisa se constitui de forma, vida e consciência.
Tudo na natureza é permeado pelo espírito. O animal tem seu corpo físico,
etérico e astral no mundo físico; o Eu grupal dos animais está no plano astral;
quando o animal morre não é ainda anulado o efeito da sua natureza animal, pois
o princípio atua ainda muito prolongadamente após a sua morte. Portanto, ao
ingerirmos carne animal precisamos neutralizar estas forças astrais
animalizadas para podermos assimilá-las dentro do nosso organismo
(humanizá-las). As plantas têm seu corpo físico e etérico no mundo físico, o Eu
das plantas está no Devachan cósmico,
o princípio que atua nas plantas é ainda atuante após o preparo do vegetal e o
efeito deste estende-se para o homem e todos os seus corpos supra-sensíveis
(conferência sobre temperamentos e alimentação em fevereiro de 1923 – Rudolf
Steiner).
O Espírito (essência)
desprende-se das substâncias vivas no ato da refeição e se irradia pelo
ambiente que o cerca. Naturalmente, irá depender da qualidade do alimento e da
atitude dos participantes que irão compartilhar desse alimento.
A imagem arquetípica do
elemento social na refeição se encontra presente na imagem da Última Ceia, onde
Cristo com a presença de seus doze apóstolos reparte o pão e o vinho, esta
imagem é ressuscitada na Idade Média com a távola redonda do rei Arthur e seus
cavaleiros que se sentam e compartilham comida e sonhos. O significado básico
da Última Ceia não se baseia em Cristo ter oferecido algo especial a cada
discípulo, mas de ter dado o mesmo a todos eles. O fato de estarmos juntos
quando comemos ou bebemos tem grande significado social, repartir aquilo que se
come mais ainda, há uma troca de experiências nesse ato.
As refeições feitas em
horários certos fazem parte dos rituais mais antigos da humanidade. Os efeitos
socializantes de comermos em grupo ajudam a nos humanizar. Pequenos vínculos
que unem as famílias são, certamente, forjados à mesa.
A estabilidade de nossos
lares, provavelmente, depende mais de mantermos horários certos para fazermos
refeições em conjunto do que a fidelidade sexual ou do respeito filial, porque
existe a troca, há o contato, quando sentamos à mesa nos relacionamos com
aquele que está compartilhando conosco daquela refeição, existe, forçosamente,
um compromisso.
O fim das refeições
regulares implica em dias desestruturados e apetites indisciplinados.
Diferentes membros da família escolhem pratos diferentes para serem consumidos
em horários também diferentes; então, onde acontece a troca? Como se estabelece
o contato se não existe o encontro?
Acabou o comum,
descaracterizou-se a unidade, se perdeu o ritmo e com isso se comprometeu a
estabilidade.
Isso é fundamental e
incrivelmente não se observa mais como há uma grande importância para algo tão
prosaico e rotineiro como a refeição em família. Não há mais troca de idéias,
falta tempo para que isso aconteça, na mesa, sentados, comendo aquilo que foi
preparado, repartindo todos a mesma vivência, pode-se a partir daí, trocar
novas experiências e também revelar aos outros membros da mesa acontecimentos e
situações que os outros membros ainda desconheciam, as novidades são ali
contadas, partilhadas com os demais, trocar, reunificar-se ao grupo em torno da
mesa, ali, todos juntos comungando do mesmo alimento.
Hoje os horários das
refeições foi adaptado aos novos horários de trabalho ou da televisão que
insiste em participar, cada vez mais, dos locais onde anteriormente a família
fazia sossegadamente suas refeições, há uma atitude completamente antifisiológica
aqui que precisa ser observada com muito critério, principalmente se temos
crianças que comem na frente da TV e nem sabem aquilo que estão comendo (ou engolindo),
tal o hipnotismo que se estabelece.
O café da manhã em
família é algo que as rotinas sobrecarregadas acabaram por excluir do cotidiano
das pessoas. Durante o dia também não sobra tempo para isso, à noite, pode não
haver refeição para ser dividida com os familiares, ou se houver, pode faltar
com quem compartilhá-la, porque esse hábito vai se perpetuando e as pessoas
acabam se acostumando a ter seus próprios ritmos e o ritmo familiar acaba não
acontecendo.
Nas cozinhas modernas,
cheias de aparelhos que auxiliam a vida da dona de casa, ou de quem prepara os
alimentos, existe aquele que pode ser considerado como um grande fator de
erosão social: o forno de micro-ondas. Com essa maravilha tecnológica, as
pessoas podem facilmente aquecer qualquer prato pronto que estiver à mão, não é
mais necessário fazer nenhuma consulta ao gosto das outras pessoas da casa.
Nenhuma mãe, nem pai podem decidir em nome da família inteira, como até antes
acontecia. Ninguém da família, agora, precisa “dobrar-se” às decisões de
ninguém. Essa nova maneira de se alimentar inverte a revolução culinária que
transformou a alimentação em um hábito sociável e ameaça nos fazer retroceder
para uma fase de evolução pré-social. Nos países mais avançados
tecnologicamente, onde é possível a aquisição de um potente forno de
micro-ondas em todas as cozinhas super equipadas, a facilidade de seu manuseio
e a sua praticidade solucionam o grande problema do homem moderno, sua falta de
tempo e como são muito eficazes, aquecem e preparam os alimentos com grande
rapidez, economizam o nosso tempo e as pessoas podem contar com mais tempo para
não fazerem, muitas vezes, absolutamente nada com ele e o mais interessante é
que para algumas delas não seria sequer imaginável a vida sem um aliado como
esse em sua cozinha.
Só a possibilidade de não
contar com sua ajuda faz com que muitas pessoas sofram por antecipação e a
ironia é que a grande parte delas não contou com esse auxílio luxuoso quando
crianças; trata-se de uma aquisição relativamente recente, mas incrivelmente
devastadora, talvez na imensa maioria das casas que ainda não adquiriram esse
“aliado” não saberia explicar o motivo para desprezá-lo dessa forma, mas esse é
mais um item que faz parte da vida moderna que nos escraviza mais do que nos
liberta e que nos direciona cada vez mais para um caminho antinatural.
A própria cozinha como um
ambiente acolhedor onde a comida é preparada está perdendo seu espaço, pois em
muitas casas e apartamentos modernos, os projetos arquitetônicos diminuíram
muito a proporcionalidade de sua área, que fica cada vez mais reduzida, já que
deixou de ser um local de encontro familiar, cedendo seu lugar para os locais
mais concorridos e requisitados como as salas de TV (home-theaters) e de
computador.
O lar é um lugar que tem
cheiro de comida sendo preparada e esse cheiro acorda lembranças adormecidas
(memória olfativa) e nos remete a situações de bem estar; se quisermos que nossos
relacionamentos dêem certos teremos de voltar a comer junto.
As pessoas distanciadas
da disciplina da mesa comum passam fome ou comem demais até alcançarem níveis
extremos de magreza ou de obesidade. Assim, parece que as refeições em família,
feitas até então em horários regulares, fazem parte de uma tradição que acabou
para sempre e como se perdeu o hábito, toda vez que ela é imposta
(aniversários, festas de fim de ano, casamentos), acabam causando estranheza e
pela falta de costume acabam também, muitas vezes, resultando em monumentais
fracassos em manter a família unida em torno de algo comum a todos, o homem
moderno perdeu essa tradição e precisa resgatá-la se quiser novamente se
re-unir aos seus.
“A alma é uma espécie de estômago e a comunhão espiritual é um
comer junto”.
Thomas Carlyle (escritor
escocês – 1795/1881)
Parece que somos
incapazes de ser sociáveis sem a presença de alimentos. Para as pessoas que
apreciam a presença uma das outras cada refeição é uma festa amorosa.
O lar é um lugar que tem
cheiro de comida sendo preparada e esse cheiro “acorda” lembranças adormecidas
e nos remetem a situações de bem estar. Em muitas ocasiões em nossa vida
seremos acordados por essa lembrança olfativa que irá nos remeter ao passado e
dentro dessa recordação estará, invariavelmente, algo relacionado à comida Se
quisermos que nossos relacionamentos dêem certo, teremos de voltar a comer
juntos, nos preocupando em pararmos o que estamos fazendo e sentar para comer,
colocando um ritmo na nossa vida, tentar ouvir aquele que está conosco
repartindo esse alimento e nessa reverência, encarar esse ato como um ritual sagrado,
algo que nos põe em contato com o mundo espiritual, algo solene, portanto e,
conseqüentemente, com um grau de importância que freqüentemente não estamos
dispostos a perceber.
Esse também é um caminho
para que se derrote a obesidade, pois a ansiedade fica reduzida e se pararmos
de comer constantemente ao longo do dia (compulsivamente), vamos parar de comer
demais e na justa medida nos disciplinando para comermos o suficiente poderemos
evitar os transtornos alimentares tão comuns no nosso dia-a-dia.
A ALIMENTAÇÃO SOB
UMA VISÃO ANTROPOSÓFICA:
Da necessidade de se ter
uma visão clara da natureza e do ser humano incluso nela, de suas relações com
o Cosmos e com a própria natureza, assim como é proposto pela Antroposofia de
Rudolf Steiner, que propõe através de um método rigoroso para a pesquisa
espiritual da natureza do ser humano, essa ciência espiritual amplia e
acrescenta novos conhecimentos, resultantes da investigação supra-sensível, às
pesquisas do mundo sensorial. Não entra em contradição com a concepção
científica, mas amplia e a torna mais compreensível a partir do enfoque
anímico-espiritual que corresponde à natureza do homem. (Novos Caminhos da
Alimentação - volume I – Gudrun Buckhard)
Do ponto de vista
científico-espiritual, a questão alimentar sob o prisma da Antroposofia, não se
torna apenas uma nova reforma alimentar ou um acréscimo de alguns pontos de
vista novos aos que já existem, mas leva em conta a concepção global do homem,
sua evolução no decorrer dos tempos e da Terra com os reinos da natureza.
Cada indivíduo poderá
escolher para si a dieta mais adequada, com o conhecimento das forças contidas
em cada alimento o homem deve ter isso como meta, quando pensar em
alimentar-se.
Na verdade, segundo
Steiner, quando nos alimentamos adoecemos e através da digestão é que obtemos o
processo de cura, em outras palavras precisamos humanizar todas as
substâncias exógenas que penetram em nosso sistema digestivo e isso se faz a
partir do momento que as diversas enzimas e substâncias digestivas atuam no
sentido de interferir sobre essa astralidade que penetrou em nosso
organismo.
“Não comemos para
ter em nós este ou aquele alimento, mas sim para podermos desenvolver em nós as
forças que triunfem sobre o alimento. Comemos para resistir às forças da Terra
e vivemos sobre ela graças a esse contínuo ato de oposição”.
Rudolf Steiner.
AS VÁRIAS ÉPOCAS
E SEUS ALIMENTOS:
Fases de Evolução da
Terra:
SATURNO – Desenvolveu-se
os primórdios do corpo físico e do mundo mineral. Atmosfera de calor
SOL – Desenvolveu-se os
primórdios do corpo etérico e do mundo vegetal. Estado mais denso: Ar; mais sutil: Luz.
LUA – Desenvolveu-se os
primórdios do corpo astral e do mundo animal. Estado mais denso: Água; mais sutil: Éter Químico.
TERRA – Onde se
desenvolve o nosso EU que se incorpora em seus invólucros anteriores. Estado
mais denso: terra (solo mineral); mais sutil: Éter Vital. Somente aqui ocorre a nítida
separação entre o ser humano e os outros três reinos da Natureza.
Em cada fase de evolução
da Terra dá-se uma repetição inicial das suas fases anteriores, para depois
começar a evolução propriamente dita, entre cada fase há uma de natureza
puramente espiritual que é conhecida como pralaia.
PRIMEIRA ÉPOCA – POLAR
(repetição de SATURNO)
SEGUNDA ÉPOCA –
HIBERBÓREA (repetição do velho SOL)
TERCEIRA ÉPOCA – LEMÚRICA
(repetição da antiga LUA) – separação da LUA e da TERRA
QUARTA ÉPOCA – ATLÂNTICA
(começo da evolução propriamente dita da TERRA)
QUINTA ÉPOCA –
PÓS-ATLÂNTICA (época atual)
CULTURA HINDU ANTIGA –
7227 – 5067 a.C. - ERA DE CÂNCER.
Aperfeiçoamento do Corpo
Etérico
O caminho de iniciação é
dado pelo Caminho Budista dos oito passos
(reto caminho do meio)
Alimentação: Leite animal
e dádivas colhidas da Natureza.
CULTURA PERSA – 5067 –
2907 a.C. – ERA DE GÊMEOS.
Aperfeiçoamento do Corpo
Astral
Começam a arar a terra,
plantam cereais (trigo) e árvores frutíferas nas épocas certas.
Grande guia espiritual: Zaratustra
Existe a preocupação de
levar o Sol (espiritual) para dentro da Terra
Alimentação: Leite,
vegetais e mel.
CULTURA EGÍPCIA-CALDAICA
– 2907 – 747 a.C. – ERA DE TOURO.
Primeira fase de
desenvolvimento da Alma da Sensação
Olhavam o Cosmos e
observavam o movimento das estrelas, frutificando a terra para o cultivo.
Sabiam que as leis da
Natureza eram regidas por entidades superiores
Procuravam o macrocosmo
através do microcosmo
Alimentação: Leite,
frutas, cereais, mel começo do uso da carne e do sal.
CULTURA GRECO-LATINA –
747 – 1413 d.C. – ERA DE ÁRIES.
Primeira fase de
desenvolvimento da Alma Racional e da
Índole
O Eu interioriza-se mais
profundamente na alma e no corpo
Gregos – razão e índole
estão juntos / Romanos – coração e razão começam a dissociar-se: leis romanas =
razão; cristianismo = coração.
O caminho de iniciação
vai para dentro e para fora conforme o local dos mistérios, começa a iniciação cristã.
Alimentação: Leite,
frutas, vegetais, cereais, raízes, vinho e o consumo de carne e sal é maior.
CULTURA GERMÂNICO-ANGLO-
SAXÔNICA – 1413 - 3573 – ERA DE PEIXES
Primeira fase de
desenvolvimento da Alma da Consciência
Cristo torna-se uma realidade interior, não há mais necessidade de
guias para o desenvolvimento espiritual esotérico, o ser humano procura o
desenvolvimento espiritual a partir de si-mesmo; em cada alma existe o elemento
propulsor do desenvolvimento. O homem é capaz de modificar o mundo exterior
através da técnica cada vez mais desenvolvida
Alimentação: resultante
da industrialização cada vez mais intensa e sofisticada, os alimentos perdem
cada vez mais a sua qualidade vital. Há um aumento progressivo no consumo de
carnes, de álcool e de açucares. A desnaturação e os tóxicos adicionados aos
alimentos levam o homem cada vez mais a doenças graves.
A ALIMENTAÇÃO
COMO ATO EDUCATIVO NO JARDIM DE INFÂNCIA:
Seria extremamente
interessante se todos os Jardins de Infância pudessem oferecer comida, que se
dispussem a prepará-la e servi-la às suas crianças, seria uma forma delas
experimentarem uma maravilhosa troca social que se estabelece nesses encontros
com outras crianças, onde todas podem compartilhar o mesmo alimento que em
geral já é orientado ou pelo médico escolar ou pela própria professora,
utilizando os vários tipos de cereais que guardam suas relações com os diversos
processos planetários e seus respectivos metais. Mais do que isso as crianças,
todas em volta da mesa, vivenciam algo muito significativo que é a reverência
que aprendem pacientemente a que todos sejam servidos, antes disso já
lavaram as mãos e após todo esse preparo inicial, fazem uma pequena prece de
agradecimento pelo alimento que agora juntos todos irão comer.Experimentam de
tudo e como todas comem o mesmo alimento, pela própria imitação, aprendem a
gostar de tudo.
Logicamente levam para
casa essa “novidade” e os pais, que desconhecem ou nunca tiveram a oportunidade
de experimentar algo assim, deveriam ser incentivados e estimulados pelos
professores para que durante as próximas refeições, compartilhassem do
entusiasmo de seu filho durante a mesa, arrumassem um tempo maior para suas
refeições em família e se no dia-a-dia isso for muito difícil, esforçarem-se
para compartilhar com a família nos finais de semana esse re-encontro social
extremamente estruturante.
Ao professor do Jardim da
Infância cabe a tarefa (muitas vezes) espinhosa de ser ele o mediador, ou
melhor, de ser o elemento transformador (trans-formar = mudar de
forma, alterar, modificar) nessas famílias, inicialmente tendo a coragem
(cor = coração, agem = ação, ou seja, agir com o coração) de interferir
e de realmente transformar alguns valores, ou mesmo incentivar para que essas
alterações que a criança experimenta acabem se aplicando a todas as refeições
que esse núcleo familiar faça dali para frente, é um grande desafio, mas compensador, pois a
família como um todo se beneficia.
PRECES DE AGRADECIMENTO
ANTES DAS REFEIÇÕES:
TERRA QUE ESTES FRUTOS DEU,
SOL, QUE OS AMADURECEU.
NOBRE TERRA, NOBRE SOL,
JAMAIS OS ESQUECEREMOS.
–
Christian Morgenstern
O PÃO VEM DO TRIGO,
O TRIGO DA LUZ,
A LUZ PROVÉM DA FACE DE DEUS
O FRUTO DA TERRA
QUE É FULGOR DE DEUS
SEJA LUZ TAMBÉM
NO MEU CORAÇÃO. – Martin Tittmann
GERMINAM AS PLANTAS NA NOITE DA TERRA,
CRESCEM OS BROTOS PELA FORÇA DO AR,
AMADURECEM OS FRUTOS PELO PODER DO SOL.
ASSIM GERMINA A ALMA NO RELICÁRIO DO CORAÇÃO,
ASSIM CRESCE O PODER DO ESPÍRITO NA LUZ DO MUNDO,
ASSIM AMADURECE A FORÇA DO HOMEM NO FULGOR DE DEUS. – Rudolf Steiner
TU QUE REINAS
ACIMA DAS ESTRELAS
FAZE-NOS DIGNOS DE RECEBER COM DEVOÇÃO
TUDO AQUILO QUE A TERRA NOS DÁ
BOM APETITE PARA TODOS NÓS COMER.
TEMPERAMENTOS E
ALIMENTAÇÃO:
Cada criança tem o seu
modo de observar e interagir com o mundo, a partir do final do primeiro setênio
e durante o segundo setênio esse modo, essa relação com o mundo vai se
particularizando de criança para criança e poderíamos classificá-las em quatro
tipos distintos; existem aquelas no qual tudo lhes desperta um enorme interesse
e uma grande curiosidade, praticamente tudo lhes chamam a atenção, no entanto
sua persistência é igualmente fugaz, se distraem com facilidade e quando estão
entretidas com alguma coisa, outra, com o mesmo interesse anterior, já lhes
tiram a atenção do que encontravam-se fazendo; quando sentam na mesa para
comer, tudo lhes interessa e suas mãos e seus pés ficam como que “dançando” de
um lado para o outro, mechem em tudo e não param quietas, é preciso ter paciência
e apelar para um “laço mágico” ou uma “cola muito forte” que passamos em volta
do seu corpo e que após se alimentarem terão força para sair da mesa e voar
como um passarinho, normalmente são crianças alegres e divertidas e adoram
histórias, principalmente as de curta duração, já que o seu interesse também
pode ser bastante reduzido. Para essas crianças sangüíneas, onde o elemento
aéreo, o corpo astral é tão evidenciado, são recomendados todos os tipos de
raízes e alimentos mais duros (pães integrais, arroz integral, grãos duros),
que as auxiliem para que venham mais para a terra, razão porque os doces são
contra-indicados.
Outras crianças parecem
sentir um grande peso que permeia toda a sua corporalidade física, o mundo lhes
mostra muitas dificuldades e um certo grau de sofrimento latente, ficam
freqüentemente ensimesmadas, e presas em divagações e pensamentos, mergulhados
neles, trata-se de um grande desafio pedagógico fazer com que estas crianças
consigam perceber o outro e ver que também há outros em torno dela, inclusive
sofrimentos maiores do que os seus, causar uma compaixão ativa pelo outro é uma
grande tarefa. Na parte alimentar os alimentos que crescem bem próximo ao Sol
(frutas), longe das forças terrenas são os mais indicados, logicamente, em oposição,
as raízes deveriam ser evitadas.
Para aquelas que
voluntariosamente insistem em liderar as brincadeiras, gostam de comandar e que
no entanto não resistem a um bom desafio proposto pela professora, que
percebendo esse temperamento colérico sabe que esse é um artifício muito útil
para se conseguir o interesse e a ajuda dessas crianças, os alimentos
estimulantes e muito excitáveis devem ser evitados (café, chá preto,
refrigerantes, achocolatados).
Por último existem
aquelas crianças que, geralmente, gostam de comer e ficam com paciência e
prazer entretidas com a sua comida e também divertem-se na preparação dos
alimentos, são muito observadoras, mas parecem não se importar muito com que
está a sua volta, como que indiferentes, embora algumas possam contar com
detalhes tudo o que se passou ao seu redor, possuem uma certa tendência para
ficarem paradas e preferencialmente se alimentarem o que fazem com nítido
prazer, essas crianças de temperamento fleumático tem no corpo etérico o seu
elemento mais evidente e devem evitar se
alimentarem com produtos que demoram muito tempo no solo antes de brotarem ou
aqueles alimentos que nasçam sobre a superfície da terra (abóboras, melancias,
melões, abobrinhas), pois esse tipo de alimento só aumenta o bem estar interno,
impedindo o interesse interior para o mundo externo.
A CONSTITUIÇÃO
INFANTIL E A ALIMENTAÇÃO:
Foi Rudolf Steiner que
chamou a atenção para dois tipos constitucionais levando em consideração não só
a preponderância da cabeça em relação ao restante do organismo, assim como algumas
particularidades completamente opostas, têm as crianças de cabeça grande e aquelas
de cabeça
pequena, como essas características se evidenciam durante todo o
segundo setênio (até 16 – 18 anos), trata-se, portanto de informações muito
úteis que deveriam ser bastante conhecidas e estudadas por todos aqueles que
trabalham com crianças.
A criança de cabeça
grande tem realmente uma preponderância de sua cabeça em relação ao
restante do seu corpo com membros geralmente pequenos, é como se repousassem em
si mesmas, são fantasiosas, dificilmente se distraem e concentram-se bem,
formam imagens com relativa facilidade, mas tem a tendência de serem muito
sonhadoras e perderem-se em ilusões e devaneios, misturam os fatos e tem
dificuldade em desenvolver um pensamento mais claro e analítico. Repetem com
detalhes os contos que a professora lhes contou, seus desenhos são bonitos e os
seus trabalhos são originais, no entanto em matérias como matemática e
gramática seu rendimento é bastante sofrível. Às vezes, é só dizermos um mínimo
e essa criança já fica com a cabeça vermelha e terrivelmente irritada. Para
essas crianças recomenda-se a alimentação com raízes e uma dieta mais rica em
sal (esses elementos auxiliam a criança a “ancorar” mais na Terra e saia um
pouco de sua natureza exacerbadamente cósmica), assim como lavar sua cabeça com
água fria pela manhã também pode ser bastante eficaz para que adquira forças
para atuar no mundo.O corpo astral e o Eu não querem penetrar adequadamente no
sistema neurossensorial e essas crianças apresentam uma dificuldade de
representação mental diferenciadora. Em relação ao temperamento tendem mais
para o fleumático e o sangüíneo.
Em contrapartida a
criança de cabeça pequena apresenta uma cabeça notavelmente reduzida em
relação ao seu corpo pálido e afinado, com uma preponderância dos membros, sua
aparência é de um velho, com uma pele mais ressecada e desvitalizada, tem
dificuldade em se concentrar e é facilmente distraída por qualquer impressão
sensorial, “incubam” pensamentos e tendem cismas e teimosias, apresentam-se
extremamente irritadiças por impressões externas, são de natureza irrequieta e
com muita pobreza imaginativa, seus desenhos são pouco criativos e com muito
pouca expressão artística, desenham geralmente automóveis e bonecos. Ficam como
que “mergulhados” na terra, necessitando abstrair-se e elevar-se um pouco mais.
Nas matérias artísticas e em redações são muito limitadas, no entanto
apresentam um bom desempenho em aritmética, cálculos e leitura. Ocorre, como
disse Steiner, uma insuficiente nutrição cósmica, o corpo fica como que
intoxicado por processos alimentares imperfeitamente assimilados, enrijecendo e
solidificando esse organismo que esclerosa precocemente. Alimentos doces
(frutas, mel, figos, tâmaras), assim como compressas quentes no abdome duas a
três vezes por semana à noite, são indicadas com o objetivo de provocar uma
melhor encarnação do corpo astral e do Eu no sistema metabólico. Tendem mais
para o temperamento melancólico e colérico.
Receita para PÃO CASEIRO:
Rendimento – 4 pães de
aproximadamente 330 gramas cada
Ingredientes:
Água morna – 4 xícaras de
chá
Fermento para pão – 2
tabletes
Sal marinho – 2 colheres
de sopa
Açúcar mascavo peneirado
– 4 xícaras de chá
Óleo de milho ou de canola
– 6 colheres de sopa
Farinha de trigo integral
– 10 xícaras de chá
Modo de preparo:
Dissolva o fermento na
água morna. Acrescente os outros ingredientes, obtendo uma massa ligada. Deixe
descansar por mais ou menos duas horas. Polvilhe com farinha uma superfície
lisa e despeje nela a mistura obtida. Amasse com as mãos por mais ou menos
cinco minutos, salpicando farinha para que a massa não grude.
Modele o formato que
quiser e coloque em uma assadeira previamente untada. Deixe descansar mais um
pouco dentro do forno desligado.
Tendo crescido a massa,
ligue o forno e deixe-a assar por aproximadamente 40 minutos. Bom apetite!
SOPA DE LEGUMES PARA CRIANÇAS PEQUENAS:
1 a 2 raízes (beterraba,
cenoura, mandioca, cará, mandioquinha, inhame – evitar batata que é um
tubérculo hipertrofiado não uma raiz)
1 a 2 folhas (alface,
espinafre, agrião, couve, serralha, acelga, escarola)
1 a 2 frutos (abobrinha,
abóbora, chuchu)
Manteiga ou óleo de
girassol, canola ou azeite.
sal
Evitar acrescentar carne
ou leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja).
Preferência por cereais:
aveia, arroz integral (que deve ser cozido logo de início por ser mais duro),
trigo, cevadinha, painço.
Ao se misturar raízes,
folhas e frutos podemos contar com o processo harmônico em semelhança com a
natureza integral do ser humano (sistema neurossensorial = raízes; sistema
rítmico = folhas e sistema metabólico = frutos e legumes), uma dieta assim
balanceada não sobrecarrega nem para um lado (obstipação intestinal com excesso
de raízes ou laxante com excesso de folhas), a complementação do cereal dá uma
substancialidade protéica, o elemento salino permite o estímulo necessário para
as funções nervosas, quanto à adição de gordura deve-se dar preferência
inicialmente à manteiga ou aqueles compostos á base de triglicérides de cadeia
curta (canola, arroz, girassol, exceto soja), pois são mais facilmente
digeríveis. As leguminosas apresentam processo fermentativo e devem ser
introduzidas somente quando as crianças já andem com mais desenvoltura. As
solanáceas devem ser evitadas, pois liberam uma substância de natureza
neurotóxica que é a solanina (batatas, berinjelas e tomates).
O ALIMENTO QUE EXISTE NO PÃO
NÃO É O PÃO.
É A PALAVRA ETERNA DE DEUS,
É VIDA, É ESPÍRITO! – Ângelus Silesius
BIBLIOGRAFIA
RECOMENDADA:
NOVOS CAMINHOS DE
ALIMENTAÇÃO – 4 VOLUMES
Gudrun Krökel Burkhard
CRL Balieiro – São Paulo
– 1991
AROMA, PALADAR E SAÚDE.
Maria Lúcia Bruno
Ed. Antroposófica
O QUE COMEMOS, AFINAL?
Otto Wolff
Ed. Antroposófica – 2000
A IMAGEM DO HOMEM COMO
BASE DA ARTE MÉDICA – 3 VOLUMES
Friedrich Husemann e Otto Wolff
As. Beneficente Tobias –
São Paulo – 1978
A CABALA DA COMIDA
Nilton Bonder
Imago – 1999.
A CIÊNCIA OCULTA
Rudolf Steiner
Ed. Antroposófica
TEMPERAMENTOS E
ALIMENTAÇÃO – Textos escolhidos
Rudolf Steiner
Ed. Antroposófica - 1993
O MISTÉRIO DOS
TEMPERAMENTOS – As bases anímicas do comportamento humano - Textos escolhidos
Rudolf Steiner
Ed. Antroposófica
O CONHECIMENTO DOS MUNDOS
SUPERIORES
Rudolf Steiner
Ed. Antroposófica
“AQUELES QUE BUSCAM O
ETERNO, A ELES NADA HÁ DE FALTAR”.
(Salmos 34, 11).
Dr. José Carlos Neves Machado
Médico Escolar e Pediatra antroposófico da Casa Rafael
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