O MISTÉRIO DOS TEMPERAMENTOS
(As bases anímicas do comportamento humano) – Textos Escolhidos
Rudolf Steiner
Tradução – Andrea Hahn
Texto compilado por C.
Englert-Faye a partir de três conferências (Munique em 09/01/1909; Karlshuhe em
19/01/1909 e Berlim em 04/03/1909).
Editora Antroposófica, São Paulo,
3ª edição, 2014.
63 páginas.
A teoria sobre a qualidade dos
temperamentos e suas relações com os elementos essenciais que fazem a estrutura
do mundo já era conhecida na antiga Grécia, quando Empédocles (495 A. C. – 444 A C.), filósofo da Natureza, influenciado por Heráclito e Pitágoras chamou esses
quatro elementos de “raízes” e também os associou aos nomes místicos dos deuses
gregos (ZEUS, HERA, NESTIS e AIDONEU). Os antigos filósofos acreditavam que
esses eram os elementos básicos da constituição da matéria: fogo,
ar, terra e água.
Por sua vez Hipócrates (460 A.C. - 370 A.C.) desenvolve
mais tarde a Teoria Humoral e que constituiu durante o século IV A.C. até o
século XVII o principal corpo de explicação racional sobre saúde e doença. A
chamada Teoria Humoral Hipocrática segue a ideia de que a vida humana seria
mantida pelo equilíbrio entre seus quatro humores; sangue, fleuma, bílis
amarela e bílis negra que se relacionavam, por sua vez, com os quatro órgãos:
coração, sistema respiratório, fígado e baço e cada um destes humores teria
diferentes qualidades, por exemplo: o sangue seria quente e úmido; a fleuma
seria fria e úmida; a bílis amarela quente e seca e finalmente a bílis negra
apresentando-se fria e seca. Dependendo do predomínio de um desses humores na
constituição do indivíduo este se apresentaria como sanguíneo, colérico,
melancólico ou fleumático. E as doenças seriam o resultado do desequilíbrio
entre esses humores e as alterações devidas à ingestão de alimentos que, ao
serem assimilados pelo organismo, acarretariam na sobreposição de um desses
humores sobre os demais e o papel terapêutico seria ajudar a expulsar do corpo esse humor em
excesso.
Rudolf Steiner (1861 - 1925) traz esses elementos para a atualidade e diz logo na primeira página desse livro que “quando se trata de saber lidar com a vida, temos de auscultar seus mistérios, e estes se situam detrás do mundo sensível”. Os temperamentos são manifestações exteriormente perceptíveis, mas isso é somente uma parte da entidade humana e quando nos aprofundamos na complexidade da natureza humana, teremos a oportunidade de observar cada indivíduo sob uma ótica mais acertada. Os temperamentos encontram-se mesclados dentro de cada um de nós, das maneiras mais diversas e só poderemos afirmar que sob determinados aspectos e situações predomina este ou aquele temperamento.
Rudolf Steiner (1861 - 1925) traz esses elementos para a atualidade e diz logo na primeira página desse livro que “quando se trata de saber lidar com a vida, temos de auscultar seus mistérios, e estes se situam detrás do mundo sensível”. Os temperamentos são manifestações exteriormente perceptíveis, mas isso é somente uma parte da entidade humana e quando nos aprofundamos na complexidade da natureza humana, teremos a oportunidade de observar cada indivíduo sob uma ótica mais acertada. Os temperamentos encontram-se mesclados dentro de cada um de nós, das maneiras mais diversas e só poderemos afirmar que sob determinados aspectos e situações predomina este ou aquele temperamento.
A Ciência Espiritual ou
Antroposofia mostra que a criança, através de uma corrente hereditária que
provém de seus antepassados adquire características que transmitirá novamente
aos seus descendentes, mas essa herança é somente uma face de sua
personalidade, pois, aquilo que foi nos oferecido através dessa corrente
hereditária conflui para o que é nossa natureza particular. Sob esse mesmo
prisma antroposófico cada um de nós, traz consigo próprio, até certo ponto,
determinadas qualidades e seu destino. Portanto, quando entra na vida física,
uma sequencia de vidas atrás de si também participam de sua individualidade.
Segundo Steiner o temperamento é aquilo que “tinge as características
transmitidas de geração em geração”, o temperamento fica entre o que
trazemos de individual e o que provém de nossa linha hereditária, as duas
correntes (hereditariedade e individualidade) ao se unirem tingem uma à outra.
Os quatro corpos da entidade
humana (corpo físico, corpo etérico, corpo astral e eu), interagem mutuamente
da forma mais diversificada, através dessa ação recíproca entre esses membros,
na confluência dessas duas correntes surgem, os temperamentos. Então cada um
desses corpos se corresponderá com um determinado temperamento, assim o corpo
físico se corresponde com o temperamento melancólico, o corpo etérico com o
fleumático, o corpo astral com o sanguíneo e o eu com o colérico. Cada um com
suas características e manifestações. Desse modo o autor vai explicando as
qualidades de cada temperamento, orientando e ensinando que esse estudo pode
ajudar na tentativa de compreender as manifestações de pessoas próximas a nós
e, antes de tudo, podermos conhecer um pouco mais de nós mesmos.
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Médico na Escola
Dr José Carlos Machado
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