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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

OS PRIMEIROS ANOS DA INFÂNCIA - Rudolf Steiner - resenha de livro








OS PRIMEIROS ANOS DA INFÂNCIA

Material de estudo dos Jardins-de-Infância Waldorf.

Coletânea de textos de Rudolf Steiner compilados por Elisabeth Grunelius e Helmut von Kügelgen
Tradução - Rudolf Wiedmann e Maria do Carmo F. Lauretti.
FEWB/Editora Antroposófica, São Paulo, 2006 - primeira edição
92 páginas

Os Jardins-de-Infância são a porta de entrada de muitos pais na Pedagogia Waldorf que se encantam com o espaço, com os desenhos e com as atividades propostas para as crianças cujo objetivo principal é trabalhar aquilo que Steiner definia como fundamental nos primeiros de vida: ritmo e respiração e também brincar sem a preocupação de oferecer conceitos e alfabetizar a criança. Um espaço seguro, com ritmo e com a preocupação de oferecer à criança pequena um ambiente confiável e amoroso. Durante o primeiro setênio  a criança pequena entende que o "MUNDO É BOM" e essa "bondade" é percebida pela criança como "confiança" e quando conseguimos transmitir isso o mundo enfim torna-se viável, confiável, pois, a criança percebe que existem adultos que a protegem e sabem o que é melhor para ela.
Nesse livro temas como: a criança antes do sétimo ano; a criança como órgão sensório; o andar, falar e pensar; o significado da boneca; a veneração e a autoridade amorosa, como o espiritual se manifesta no interior da alma infantil, enfim situações que aqueles que lidam com crianças, certamente observaram e que poderão encontrar nessa compilação da obra de Steiner, registrando informações sobre esses temas de maneira detalhada. Trata-se, portanto, de uma literatura que abrange essa época tão significativa da biografia humana que é o primeiro setênio.
Se a até a segunda dentição a criança é uma "imitadora" de tudo o que se encontra à sua volta, agindo como um órgão sensório, naturalmente irá reproduzir interiormente aquilo que percebe nas pessoas ao seu redor, atuando como forças plasmadoras. Então, como fica a responsabilidade do adulto que passa a ser alguém imitado e mais que isso até, como é importante o seu comportamento digno de ser imitado. Imaginemos como são deletérias as ações dos adultos que mentem, gritam e não percebem como essas coisas podem (e efetivamente, segundo Steiner) transformar esse ser humano em desenvolvimento.
E citando o autor quando este aborda o tema da veneração, aprendemos a importância de trabalhar o anímico da criança poderá brotar de forma espontânea dentro do corpo, desde que tenhamos nos esforçado verdadeiramente para isso nessa primeira fase da vida: "Quem, na juventude, não aprendeu a juntar às mãos em reverência, na idade avançada não conseguirá abri-las para o ato de abençoar"

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Dr José Carlos Machado
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