CONTOS DE PERRAULT
(Les Countes de Perrault)
Charles Perrault
Tradução de Regina Regis Junqueira
Introdução - P. J. Stahl
Ilustrações - Gustave Doré
Villa Rica Editoras Reunidas, Belo Horizonte/Rio de Janeiro,
1994 – 290 páginas - quarta edição.
Nove contos de Charles Perrault
com 42 belíssimas ilustrações de Gustave Doré compõem essa obra com uma
introdução de Stahl – “A Respeito dos Contos de Fadas”, que apresenta a
importância dos contos de fada para as crianças realçando o valor do imaginário
apresentado a elas através dessas histórias e fazendo uma comparação com o
real, que define como ”um abismo recheado com o desconhecido”,
refere ainda que “a ciência explica o
relógio, mas ainda não conseguiu explicar o relojoeiro”. Ou seja, a
fantasia apresentada através dos contos permite que a criança entenda o mundo
real que está à sua volta.
Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar, A Bela Adormecida do Bosque,
Cinderela ou O Sapatinho de Vidro, Mestre Gato ou O Gato de Botas, Riquet o
Topetudo, Pele-de-Asno, As Fadas e Barba-Azul, são os contos apresentados
em suas versões originais coletados pelo escritor francês. Seus contos tem a
característica de apresentar conflitos familiares com comentários elaborados e
com certa dose de malícia, o que os tornam diferenciados, comparando-os com
outros escritores que também se dedicaram a isso apresentando algumas
particularidades das versões de outros autores como, por exemplo, no conto “O Chapeuzinho Vermelho” que na versão alemã (dos Irmãos Grimm) apresenta como
desfecho da história a punição do crime do lobo, pelas mãos do caçador, que
surge no final da história com essa missão e a inocência da menina pode ser então
vingado, diferente do final proposto pela versão francesa em que o lobo devora
a menina e a história termina justamente desse modo.
Charles Perrault (1628 – 1703),
denominado o Pai da Literatura Infantil, estabeleceu no século XVII as bases de
um novo gênero literário, os contos de fadas, dando um acabamento literário a
esse tipo de literatura tornando-a mais acessível e transformando aquilo que
antes era considerado grotesco e vulgar e adaptou-o ao público infantil com a
intenção de educar e civilizar as crianças, registrando em livro os contos
ouvidos em sua infância e que também agradavam seus filhos; até hoje seus
contos são traduzidos e suas versões traduzidas e difundidas em várias
publicações.
José Carlos Machado - médico escolar.
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Dr José Carlos Machado
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