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domingo, 21 de abril de 2013

CONTOS DE PERRAULT (resenha de livro)




CONTOS DE PERRAULT (Les Countes de Perrault)
Charles Perrault
Tradução de Regina Regis Junqueira
Introdução - P. J. Stahl
Ilustrações - Gustave Doré
Villa Rica Editoras Reunidas, Belo Horizonte/Rio de Janeiro, 1994 – 290 páginas - quarta edição.


Nove contos de Charles Perrault com 42 belíssimas ilustrações de Gustave Doré compõem essa obra com uma introdução de Stahl – “A Respeito dos Contos de Fadas”, que apresenta a importância dos contos de fada para as crianças realçando o valor do imaginário apresentado a elas através dessas histórias e fazendo uma comparação com o real, que define como ”um abismo recheado com o desconhecido”, refere ainda que “a ciência explica o relógio, mas ainda não conseguiu explicar o relojoeiro”. Ou seja, a fantasia apresentada através dos contos permite que a criança entenda o mundo real que está à sua volta.
Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar, A Bela Adormecida do Bosque, Cinderela ou O Sapatinho de Vidro, Mestre Gato ou O Gato de Botas, Riquet o Topetudo, Pele-de-Asno, As Fadas e Barba-Azul, são os contos apresentados em suas versões originais coletados pelo escritor francês. Seus contos tem a característica de apresentar conflitos familiares com comentários elaborados e com certa dose de malícia, o que os tornam diferenciados, comparando-os com outros escritores que também se dedicaram a isso apresentando algumas particularidades das versões de outros autores como, por exemplo, no conto “O Chapeuzinho Vermelho” que na versão alemã (dos Irmãos Grimm) apresenta como desfecho da história a punição do crime do lobo, pelas mãos do caçador, que surge no final da história com essa missão e a inocência da menina pode ser então vingado, diferente do final proposto pela versão francesa em que o lobo devora a menina e a história termina justamente desse modo.
Charles Perrault (1628 – 1703), denominado o Pai da Literatura Infantil, estabeleceu no século XVII as bases de um novo gênero literário, os contos de fadas, dando um acabamento literário a esse tipo de literatura tornando-a mais acessível e transformando aquilo que antes era considerado grotesco e vulgar e adaptou-o ao público infantil com a intenção de educar e civilizar as crianças, registrando em livro os contos ouvidos em sua infância e que também agradavam seus filhos; até hoje seus contos são traduzidos e suas versões traduzidas e difundidas em várias publicações.


José Carlos Machado - médico escolar.



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Dr José Carlos Machado
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